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sábado, 21 de julho de 2012

Capitulo 7

           
Com ele como seu guia e professor? Isso significava o que ela pensava? O coração de Demi começou a bater descompassado.

Dê-me sua mão — ordenou Nick. Relutante, Demi estendeu-lhe a mão, ficando tensa quando ele a segurou entre as dele.

Cinco minutos atrás você me disse: "Que homem hoje em dia quer uma mulher como eu? Uma mãe solteira que não sabe o primordial sobre como dar e receber prazer sexual." Acredito que bem no seu íntimo você realmente quer recuperar o que lhe foi roubado, e caminhar livre como uma mulher feliz e sexualmente confiante. Não é isso?

Não sei — respondeu Demi, incerta. Seu coração estava disparando. Sentia-se como se estivesse confrontando alguma coisa que sabia ser perigosa, mas que também achava excitante.

Sim, você quer — Nick afirmou. —Ama Oliver e sabe que para que ele cresça seguro na sua própria sexualidade você precisa estar segura na sua. Posso ensiná-la a ser o que você quer ser. Disse antes que confiava em mim?

Eu...

Você pode confiar. Prometo que não vou magoá-la ou fazer qualquer coisa que você não queira. Mas também prometo que vou lhe mostrar e lhe ensinar que você tem o direito à sua própria sexualidade, em ter prazer nisso e dar prazer através disso.

Ele falava sério, reconheceu Demi com fraqueza. Era um motivador, um homem com uma missão, e pretendia restaurar o que ela pensara ter perdido para sempre.

Se quiser, eu a ajudarei, passo a passo, a redescobrir o que lhe foi roubado. Mas não é obrigada a aceitar isso. Eu seria tão mau quanto seu meio-irmão se a coagisse emocionalmente a aceitar minha ajuda. Mas acho que devia perguntar a si mesma o que realmente quer, e ser corajosa o suficiente para aceitar isso. Quando tomar sua decisão, prometo que estarei com você, em cada passo do processo.

O que você está dizendo é que, pelo bem de Oliver e meu próprio bem, preciso aprender a gostar de sexo. Mas nós não... Não...

Nós não o quê?

Nós não nos amamos — murmurou Demi.

Havia um brilho nos olhos dele que fez seu coração disparar.

Não é necessário amar para gostar de um bom sexo. Todavia, é importante compartilhar atração mútua. E acredito piamente que compartilhamos tal atração.

Não... Quero dizer, não acho...

Não acha o quê? Que eu a considero atraente? Asseguro-lhe que sim.

Nick ainda estava segurando a mão de Demi, e agora, para surpresa dela, ele virou-lhe mão e gentilmente roçou-lhe o pulso com o polegar.

Numa reação imediata, que pareceu lhe causar um choque elétrico, ela ofegou e tentou soltar a mão.

Você me deu um choque.

Eu lhe dei prazer — corrigiu Nick suavemente.

E seu prazer me deu prazer. Imagine, se o simples toque de meu polegar pode proporcionar esse prazer a nós dois, o quanto esse prazer se intensificaria se eu seguisse o toque de meu polegar com a carícia de meus lábios?

Oh! Ser uma virgem vitoriana e livre para desmaiar! Porque aquele era o único modo garantido que Demi podia pensar para fugir daquela situação.

É inteiramente possível gostar de sexo sem amar alguém — ele estava dizendo. — Assim como existe respeito mútuo e compreensão, existe também desejo mútuo de dar e receber prazer. Não há nada vergonhoso nisso.

Ele havia soltado a mão de Demi, que estava encantada. E aliviada por Nick não ter pensado que era necessário mostrar-lhe o que a carícia de seus beijos podia fazer.

Você não precisa decidir agora. Tenho de voar para Florença no fim da tarde, para uma reunião sobre um edifício que estou envolvido em ajudar a renovar — disse Nick. — Estarei de volta amanhã à noite. Pode me revelar sua decisão e então dizer se aceita minha ajuda.



* * *



Demi inclinou-se sobre o lago de peixes de águas tépidas no meio do jardim, atirando farelos de pão para o peixe gordo e preguiçoso e, depois, agitando a água com os dedos.

Ollie dormia no carrinho.

Naquele momento, Nick estaria em Florença. O Castello estava vazio sem ele.

Quando ele voltasse... Sua mão mexeu, perturbando o peixe. Não queria pensar na volta de Nick, porque aquilo significava que teria de tomar uma decisão.

Não havia decisão a tomar, afirmou para si mesma, e levantou-se a fim de levar Ollie para dentro de casa. Ela era feliz daquele jeito.



Era realmente feliz? Então, por que estava repetindo aquelas palavras como se fossem um mantra que precisava usar para reforçar sua crença?, perguntou-se mais tarde, quando se preparava para dormir. Queria fugir dos pensamentos que iam contra a decisão sensata que tomara.

Embora não recordasse a violência de Joseph, ele tinha lhe roubado algo: o direito de dar seu corpo livremente para o homem de sua própria escolha em uma primeira vez, especial. No fundo, doía saber que seu corpo havia experimentado sexo somente de maneira tão cruel. Nada e ninguém poderiam restituir-lhe o que perdera, mas o que Nick estava oferecendo podia ser um presente muito especial para seu corpo.

Nick era homem suficiente para oferecer-lhe uma recompensa... Ela seria bastante mulher para aceitar.

Alguma coisa que parecia estar perigosamente próxima de excitação percorreu-lhe a coluna.

Nick! Mesmo o nome soava forte. Ele era forte, forte o suficiente para ajudá-la a superar os traumas do passado?

Pelo bem de Ollie, seria capaz de deixá-lo tentar?

Sentia-se agitada e com sentimentos conflitantes.

Eram apenas 9hl5. Sem dúvida, em Florença a noite de Nick estaria apenas começando, Demi imaginou enquanto tomava um banho, esperando poder relaxar para dormir.

Nick poderia estar tomando um banho antes de sair para a noite. Sem querer, uma imagem mental dele no chuveiro lhe veio à mente, a água cascateando sobre os ombros largos e descendo pelo peito, alisando os pelos escuros do corpo másculo.

Demi ofegou, e tentou afundar na água de seu banho para ocultar sua mortificação. Qual era o problema com ela? Nunca pensara num homem daquele jeito... imaginando-o nu e excitado, pensando que aquela excitação lhe proporcionava os mais variados prazeres. Era um pensamento que agora tinha um efeito muito real sobre seu próprio corpo, intumescendo seus mamilos e provocando uma pulsação intensa em seu baixo-ventre.

O que Nick acharia do seu corpo? Demi possuía seios firmes e cheios. Ficara tão constrangida quando tinha sido a primeira garota da classe a precisar de sutiã... e ainda mais desconfortável quando David começara a questioná-la se os rapazes tentavam tocá-los. Depois disso, ela passara a usar blusas largas e soltas, para ocultá-los.

Se aceitasse a oferta de Nick, ele não esperaria que ela fizesse isso. Iria querer que ela tivesse orgulho de seus próprios seios, iria querer vê-los e tocá-los... beijá-los, talvez.

O que estava fazendo, permitindo-se pensar tudo aquilo? Já havia decidido que não iria aceitar a oferta... Não havia?

Demi tentou pensar em outra coisa, qualquer coisa.

Não precisava redescobrir sua sensualidade perdida. Era feliz assim. Tinha seu filho adorado e sentia que estava prestes a fazer boa amizade com Maddie. Ela e Frankie eram tão felizes juntos e se amavam tanto! Qualquer um podia ver isso. Todos os sorrisos e toques que trocavam revelavam seus sentimentos um pelo outro. Ela secretamente não gostaria de viver aquilo? Ter um parceiro, alguém com quem compartilhar aquele tipo de amor e compromisso? Não, não gostaria.

Eles podiam ter sorte de se amarem muito, mas casais assumem compromissos todos os dias da semana e depois se lamentam. Demi não precisava de mais ninguém em sua vida, não precisava que Demi a ensinasse a superar o passado, e, especialmente, não precisava que lhe mostrasse como despertar sua sensualidade reprimida.

Porque esta já estava despertando por conta própria! E Demi temia que se fosse mais fundo naquilo, que poderia acabar gostando muito das lições.

Aquilo era ridículo.

Mas, então, estava tentando mentir para si mesma que seria feliz em passar o resto da vida sozinha? Todo mundo precisa amar.

Ela tinha Ollie.

Que um dia iria viver sua própria vida, encontrar sua própria felicidade. Como Demi se sentiria se ele fosse incapaz de fazer isso por causa dela?

A água da banheira estava esfriando e sua cabeça começava a latejar com o peso de seus pensamentos confusos e contraditórios.

Não pense em mais nada.

Ela saiu da banheira e pegou uma toalha.

O que Nick estava fazendo agora? Pensando nela?

Por que estaria pensando nela? Demi não queria isso. Porque, se quisesse então aquilo significaria...

O quê? Certamente, não que tinha algum motivo para concordar com a sugestão dele? Uma onda que lembrava excitação mais uma vez percorreu o corpo dela, lembrando-a que, no fundo, sabia que queria explorar e conhecer sua própria sensualidade.

A liberdade estava acenando para ela. Era a liberdade que estava provocando tal entorpecimento de seus sentidos, ultrapassando barreiras e bloqueios de sua ansiedade e medo.

Não havia nada pessoal naquelas sensações, que envolviam seu corpo todas as vezes que reconhecia que Nick era um homem muito másculo.

Colocando o roupão, Demi caminhou pelo quarto, até o do bebê, onde Ollie dormia tranquilamente no berço.

Com instinto maternal, sabia que não era sua imaginação que seu filho estava florescendo no novo ambiente.

Ele tinha engordado e sua cor era maravilhosamente natural. Não lhe escapou que a cor do bebê era mais parecida com a de Nick do que com a sua.

Ollie já parecia estar se interessando pelos arredores do quarto, sorrindo para os estranhos que haviam entrado em sua vida. Teria, instintivamente, sentido que aquelas novas pessoas eram de seu sangue?

Se aceitasse a oferta de Nick, seria mais por Ollie do que por si mesma, pensou Demi. Sentia um amor tão profundo por seu bebê! Quando ele crescesse, ela queria, mais do que tudo, o que todos os pais amorosos querem para seus filhos: que ele fosse feliz, que aprendesse a compartilhar amor e construir um bom relacionamento através desse conhecimento. Queria para o filho tudo que não tinha conhecido.

Mas poderia ela fazer isso? Poderia encontrar forças para atirar-se no fogo e suportar mais, muito mais, do que já sentira quando Nick a tocara?

Um comentário:

  1. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! Snif' você quer me matar é? pode falar, eu me mato. Run' Sua chata, não deveria ter parado ai. E que lindo *--* Você escreve super bem, nossa, nem se compara com as minhas fics :( APLAUSOS DE PÉ PRA VOCÊ. ~clap clap clap~ kkkkkk McKiss, posta logo e eu quero um momento mais caliente de nemi tá? 66' kkkkkkkk Bye Bye Bye

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