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domingo, 26 de agosto de 2012

Capitulo 12


Por que estar na cama de Nick aquela noite era tão diferente da noite anterior?, perguntou-se Demi sentindo-se infeliz quando deitou sozinha.
Fazia mais de uma hora desde que Nick sugerira que tinha um trabalho para terminar e que ela deveria ir para a cama. Demi havia concordado, e nesse espaço de tempo tomara uma ducha antes de aconchegar-se na cama enorme, seu coração batendo de excitação e amor, seu corpo em chamas, mas Nick não aparecera para juntar-se a ela.
Agora ele estava no banheiro, onde permaneceu pelo que parecia uma eternidade, enquanto ela pensava que talvez Nick estivesse demorando propositalmente, para esperar que ela dormisse até ele ir para a cama. Afinal de contas, Demi é quem pedira para dormir com ele!
Demi moveu-se para seu lado da cama. Se Nick não a queria, então ela não iria constranger a ambos revelando seu desejo.

Nick deslizou a mão pelos cabelos úmidos, tendo enrolado uma toalha em volta dos quadris. Tinha passado uma hora fingindo trabalhar quando o único lugar onde seus pensamentos estavam era no quarto e na sua cama... com Demi.
Agora fora forçado a suportar um jato de água gelada para reduzir sua excitação e se assegurar de que quando entrasse na cama, ao lado dela, não ficaria tentado a acordá-la e tomá-la nos braços.
Seu corpo não estava, obviamente, cônscio do propósito de uma ducha fria, uma vez que mostrava todas as evidências de seu desejo físico por Demi, e sua excitação não diminuíra nem um pouco. Quanto ao seu desejo emocional por ela... seu amor parecia aumentar a cada segundo que passava ao seu lado.
Nick acreditara ter desenvolvido um sistema emocional e mental para lidar com todas as situações que a vida pudesse lhe apresentar. Mas não se preparara para aquilo. Amor era algo que nunca iria lhe acontecer, tinha decidido.
Era algo que não podia permitir que acontecesse!
Todos presumiam que, no devido tempo, ele se casaria e produziria um herdeiro, como os incontáveis filhos mais velhos dos Jonas haviam feito antes dele. Mas Nick não estava disposto a aceitar um casamento de conveniência somente para ter um herdeiro. Tinha dois irmãos, afinal. Não acreditando que poderia encontrar um grande amor, havia decidido que era melhor e mais fácil permanecer solteiro.
Até que Demi entrasse em sua vida e ele se apaixonasse!
Todavia, Demi não o amava. Mesmo se eles tivessem se conhecido "normalmente" e se apaixonado, ele não teria querido sobrecarregá-la com a vida que devia ser sua... uma vida voltada para o dever e repleta de sacrifícios. De maneira alguma iria querer que a mulher que amava compartilhasse aqueles sacrifícios.
Acreditava no direito de Demi ter sua liberdade de escolha... no direito de definir suas próprias fronteiras e viver sua própria vida. As ações daqueles que a haviam privado desses direitos o enchiam de desprezo.
Entretanto, agora era ele quem estava privando Demi de tais direitos através do casamento.
Mas que escolha Demi possuía? Sem sua proteção, estaria correndo riscos enquanto David vivesse. A única forma de Nick proporcionar-lhe sua proteção era casando-se com ela.
Casar-se com ela, levá-la para sua cama, fazê-la conceber um filho seu, mesmo amando-a, certamente eram formas de aprisionamento, do mesmo jeito que o comportamento que tanto criticava e condenava em David, que também clamava amá-la. Amor podia ser uma prisão terrível, quando não era recíproco, para ambas as partes, mas especialmente para aquele que não queriam aquilo.
Então, o que deveria fazer? Não se casar e deixar Demi e Oliver vulneráveis às maquinações de um homem que já tinha deixado muito claro que faria qualquer coisa para manter Demi na sua vida, e para lhe tomar o filho?
Nick suspirou. Nos seus braços, Demi o desejara; respondera com paixão, porque nunca conhecera ninguém mais. A sensualidade de tal receptividade era meramente o início de sua jornada em direção à própria feminilidade, não o fim.
Ela podia continuar aquela jornada nos braços dele.
Mas porque o casamento deles a forçaria a fazer isso. Não porque queria fazer.

Demi sentiu o colchão afundar com o peso de Nick, e, então, a onda de frio quando ele remexeu nas cobertas. Queria desesperadamente que ele a tocasse, ou ao menos lhe dissesse alguma coisa... algumas palavras de conforto e ternura que lhe dariam o consolo de saber que não era ela que ele estava rejeitando, mas simplesmente a situação atual deles. Mas, em vez disso, tudo que recebeu foi a dor fria de um silêncio vazio.
Como poderia casar-se sabendo que Nick estava apenas assumindo aquele compromisso por dever e honra? Onde estava seu orgulho? Seu auto-respeito?
O mesmo luar que tinha prateado o corpo de Nick tão eroticamente há apenas algumas noites, infiltrava-se pelas janelas esta noite, mas agora reforçava sua dor por estar deitada ali sozinha, ansiando por ele.
Esforçou-se para fechar os olhos, na esperança de refugiar-se no sono, mas antes que pudesse fazer isso Ollie começou a chorar.
Ele tinha choramingado quase o dia todo, a face direita corada e levemente inchada, indicando que novo dente estava nascendo. Demi saiu da cama cuidadosamente, rezando para que o som do choro de Ollie não acordasse Nick.
Caminhou para o closet sem parar para vestir seu penhoar. Estava usando uma das camisolas de seu novo guarda-roupa, que realçava, sobremaneira, seus seios fartos.
Como o closet não possuía janela, uma pequena lâmpada tinha sido deixada acesa, para dar alguma iluminação sem perturbar o sono de Ollie, e agora, quando ele viu Demi, parou de chorar. Seu rostinho estava vermelho e inchado, e Annie estremeceu quando o ergueu do berço articulado e então se sentou na cadeira perto do berço, com Ollie no colo.
Um rápido exame na boca confirmou que um novo dentinho estava realmente crescendo. No momento que ele sentiu o toque dela na gengiva, mordeu-a, numa tentativa de aliviar a dor, a ponta afiada do novo dente fincando no dedo de Demi.
Coitadinho — ela o confortou. Tinha uma pasta, na sua sacola de remédios, para bebê, mas teve de colocá-lo de volta no berço a fim de poder pegar o remédio, e sabia, por experiência anterior, que no minuto que passasse a medicação pastosa Ollie começaria a chorar. A última coisa que queria era que ele acordasse Nick, portanto fechou a porta enquanto procurava o remédio na sacola.
Cinco minutos depois; estava se cumprimentando por ter acalmado Ollie e não acordado Nick... E, então, quando se curvou para beijar o rosto adormecido do bebê, bateu numa bandeja com copos, derrubando um deles no assoalho de mármore, e ele se quebrou em milhões de cacos.
Por milagre, Ollie não acordou, mas a combinação de seu susto com o desejo de firmar-se a fez dar um passo atrás com os pés descalços, pisando num caco de vidro.
Demi havia começado a chorar numa reação automática quando a porta do closet se abriu e o cômodo foi iluminado com a luz do quarto. Nick estava parado à porta, querendo saber o que tinha acontecido. Diferentemente dela, usava chinelos de couro e roupão grosso.
Não se mexa — disse ele, entrando no closet, então a ergueu nos braços para carregá-la, passando pelo quarto e indo para o banheiro, ignorando os protestos dela sobre o estrago que seria feito pelo sangue no tapete do banheiro, pingando de seu pé cortado.
No banheiro de mármore, Nick colocou-a no degrau alto da escada que levava para a área do chuveiro, avisando-a:
Mantenha o pé fora do chão, para o caso de ainda haver vidro nele.
Não é nada... um pequeno corte — protestou Demi.
Sentia-se culpada por acordá-lo e causar-lhe todo aquele problema, mas Nick não a estava escutando. Em vez disso, agachou-se no chão do boxe, colocou o pé cortado de Demi sobre seu joelho e o examinou cuidadosamente.
Não vejo nenhum vidro — ele murmurou.
Estou certa que não há. — Demi tentou retirar o pé, mas a mão esquerda de Nick segurou seu calcanhar, espalhando um calor muito perigoso através de seu corpo.
Talvez não, mas não estou preparado para correr qualquer risco. — Muito gentilmente, Nick cuidou do corte com as pontas dos dedos.
Quando parou e Demi deu um longo suspiro, ele confundiu a causa do alívio dela, olhando-a e dizendo:
Sim, parece que não tem nenhum caco em seu pé.
Graças a Deus, Nick não percebeu que não tinha sido o corte do pé que lhe causara a ansiedade, mas sim seu medo de que seu corpo traísse o que os toques dele estavam provocando.
Fique assim e não ponha o pé no chão. Vou pegar uma bacia, para você banhar o corte em anticético, e depois vou recolher o copo quebrado.
Nick retornou depois de poucos minutos com uma grande bacia de plástico contendo água até a metade, antes de adicionar um anticético que achou no armário do banheiro.
Isso aliviará sua dor — ele avisou enquanto colocava a bacia no chão perto do pé dela. — Mas conserve o pé na bacia até que eu volte.
Ele estava certo. Realmente aliviou, reconheceu Demi depois que ele saiu. Mas a dor no pé não era nada comparada com a de amá-lo.
A sensação de dor tinha passado quando ele voltou. Nick examinou-lhe o pé e depois disse que o corte estava livre de resíduo de vidro e limpo.
Posso fazer isso — Demi comentou, quando ele retirou a bacia e colocou uma toalha no chão para que ela pusesse o pé.
Você pode, mas será mais fácil se eu fizer.
Mais fácil? Tê-lo gentilmente secando seu pé?
Uma mão segurando seu calcanhar, como fizera antes, a sensação de seu toque despertando imagens inapropriadas na sua cabeça? De modo algum. Ficar sentada ali, usando as mãos para agarrar a ponta do degrau, com medo que pudesse cair sobre ele, era uma das coisas mais difíceis que Demi já tivera de fazer.
Precisava falar alguma coisa. Não podia mais suportar o silêncio tenso entre eles.
Desculpe-me se o perturbei.
Nick deu de ombros e não respondeu. Então, a olhou com intensidade. Havia uma expressão nos olhos dele que Demi não podia definir... algo entre ardor e orgulho.
Ele ainda segurava seu pé. Aparentemente, uma inspeção final tinha de ser feita no corte. Algodão aplicado sobre o ferimento e, depois, um esparadrapo. E, então, quando ela pensou que o curativo estava terminado, levantou-se, pronta para dar uma desculpa de querer checar Ollie, qualquer coisa que não fosse ir para aquela cama novamente. Nick disse-lhe, de modo brusco:
É melhor você não andar ainda.
Ele ia carregá-la de volta para a cama. Demi não achava que poderia suportar contato físico íntimo com ele, que não era intimidade em absoluto... ou pelo menos não a espécie de intimidade que tão desesperadamente queria.
Seus sentidos ansiavam por Nick. Poderia aguentar aquilo por mais alguns minutos? Ser segurada pelos braços fortes? O contato com o corpo poderoso? Sem chance.
Ela entrou em pânico.
Não! — Ele franziu o cenho — Isto é, quero dizer, não há necessidade de carregar-me. Tenho de ir checar Ollie de qualquer modo.
Já fiz isso. Ele está dormindo.
Não havia como escapar. Ele estava curvando-se na direção dela. Demi fechou os olhos.
Grande erro! Com os olhos fechados, sem poder vê-lo, seus outros sentidos foram inundados com a consciência de quanto o amava.
Amava-o e o queria, agora e para sempre, na sua vida, como ele já estava no seu coração, abraçando-a, amando-a, compartilhando a magia maravilhosa de sua sexualidade, que o próprio Nick despertara.
Demi abriu os olhos.
Eles chegaram à cama, e Nick estava se curvando para deitá-la. Mais alguns segundos e o contato entre eles estaria quebrado. Mais alguns segundos e a oportunidade agora apresentada não existiria mais. Ela era corajosa o suficiente para perseguir aquilo e aceitar as consequências? Consequências que podiam facilmente incluir rejeição?
Demi podia sentir o colchão sob seu corpo. Nick a estava soltando. Já seria tarde demais? Um outro batimento cardíaco e perderia sua chance. Ele a escolhera, iria se casar com ela, seria o protetor e guardião de Ollie.
Por que não deveria ser seu amante, também? Mesmo se não pudesse amá-la. Demi tinha muito amor para ambos.
Ela deu um suspiro profundo, levou uma das mãos para trás da cabeça de Nick e puxou-o na sua direção.
Não!
A negação dele soou através do quarto como um tiro de revólver.
Demi podia senti-lo tenso, enquanto lhe fitava os olhos escuros. Tal reação poderia ter feito ela soltá-lo imediatamente, enquanto se sentia profundamente humilhada. Mas o próprio Nick lhe ensinara a ter orgulho de sua sexualidade. Ele a aconselhara a usar sua sexualidade para escolher um parceiro. Mas é claro que não pensara em si mesmo quanto propusera tal comportamento.
As mãos másculas haviam deixado seu corpo, os braços caindo para os lados. Nick estava na beira da cama, seguro pelo abraço de Demi, enquanto ela se ajoelhava na cama e o encarava.
Ela podia sentir uma poderosa determinação tomando conta de seu ser.
Sim — disse Demi, rejeitando a negação dele ferozmente.
E, então, inclinou-se para lhe tocar os lábios com os dela. Por um segundo, permitiu-se saborear aquele beijo.
Podia vê-lo resistindo, mental e emocionalmente lutando contra ela, rejeitando-a. Mas, incrivelmente, a tensão dos músculos rígidos de Nick somente aumentou a determinação de Demi em atingir seu alvo.
Ela beijou-lhe um canto da boca, depois o outro, então, amorosamente, com grande prazer sensual, traçou-lhe o lábio superior com a ponta da língua.
Na escuridão prateada pelo luar, Demi podia sentir sua própria respiração acelerada, enquanto seu coração batia num movimento apaixonado. O que estava fazendo a excitava e deixava tensa em quase igual medida.
A ponta da sua língua saboreou os lábios fechados de Nick.
Com um gemido, ele finalmente a abraçou, beijando-a com uma paixão que a fez cair de costas na cama, o corpo dele cobrindo o seu, as mãos dele entrelaçando seus cabelos, enquanto ele continuava beijando-a. O beijo era tudo que ela ansiara, e Demi respondeu à sua intensidade com deleite.
A rendição de Nick tinha sido tão rápida quanto gelo derretendo por ação de água quente, levando ambos rumo à paixão intensa que agora estavam compartilhando.
As roupas dos dois, a camisola e o roupão, foram arrancados por mãos aflitas. As mãos de Nick eram firmes ao remover-lhe a camisola, as de Demi eram ávidas e excitadas na retirada do roupão.
Só o ato de inalar o aroma da pele dele era suficiente para levá-la às alturas, e deixá-la em total excitação.
Aquilo não devia estar acontecendo, disse Nick a si mesmo. Mas não podia parar. Estava impotente diante de seu próprio amor e ansiedade... incapaz de impedir que Demi exercesse o controle que assumira.
O rosto dela estava flamejante de alegria quando o tocou.
Quero-o tanto! — As palavras saíram da boca de Demi quando se abriu para a posse dele, querendo aquilo com doce imediatismo que não podia ser ignorado ou adiado. Seu corpo inteiro tremia de prazer quando sentiu Nick responder ao seu desejo, e, então, incendiou-se no momento que ele investiu contra ela vagarosamente, depois acelerou o ritmo, levando-a para onde havia somente ele e o desejo compartilhado de ambos. Tudo que Demi pôde fazer foi abraçá-lo fortemente e gritar de prazer, extasiada, enquanto cada investida do corpo poderoso aumentava seu prazer.
Foi tudo muito rápido e feroz, deixando ambos totalmente ofegantes.
Isso não deveria ter acontecido. — A voz de Nick era sucinta.
Estou feliz que tenha acontecido... Porque eu queria que acontecesse.
Nick fez um pequeno movimento, inquieto, afastando-se.
Isso é somente porque sexo é uma nova descoberta do prazer para você.
O descarte casual dele do que tinham acabado de compartilhar obrigou-a a dizer, irritada:
Não, não é. O que aconteceu não foi porque sou alguma espécie de adolescente enlouquecida por sexo. Foi porque eu o amo e queria lhe mostrar esse amor. Porque queria criar outra lembrança de nossa intimidade durante um ato de amor, a fim de guardá-la para o futuro. Sei que você não quer meu amor, Nick, e... —Demi deu um profundo suspiro. Havia tomado uma decisão muito importante. — E não precisa se casar comigo. Porque... porque o que me ensinou me deu força para ser a mulher que você me disse que eu poderia ser. Não tenho mais medo de David e não vou sobrecarregar você com a responsabilidade sobre mim e Ollie. Amar alguém significa querer o melhor para ele e querer sua felicidade, acima da nossa. Você me libertou do meu passado. Quero lhe dar liberdade para conhecer alguém e apaixonar-se.
Eu já me apaixonei.
O choque daquelas palavras lhe causou uma dor tão intensa que Demi pensou que iria morrer de agonia.
Você conheceu alguém por quem se apaixonou? — Seus lábios pareciam levemente entorpecidos, incapazes de formar bem as palavras.
Sim. E eu a amo mais do que jamais imaginei ser possível amar alguém.
Isso o torna ainda mais admirável por me oferecer casamento.
Era a verdade, afinal de contas... mesmo se dizer as palavras sufocavam-na.
Oferecer casar-me com você não me torna admirável de modo algum, Demi. Torna-me egoísta e fraco, e sujeito a todas as falhas que critiquei em David. Minha oferta de casamento não foi outra coisa senão uma tentativa de controlar sua vida e tirar sua liberdade.
Você queria me proteger.
Eu queria conservá-la para mim. Queria uni-la a mim e prendê-la ao meu lado.
Demi podia sentir seu coração começando a disparar novamente.
Nick moveu-se para mais perto.
Quero todas as coisas com você que um homem quer com a mulher que ama. Mas eu as estava obtendo de modo muito desonesto. Achava que era muito nobre e respeitável, mas a realidade é que não sou nada disso.
Você foi maravilhoso — disse Demi, de modo apaixonado. — Você é maravilhoso. Oh, Nick, realmente me ama?
Você está roubando minha pergunta — respondeu ele suavemente, e ela podia ver nos olhos escuros a luz e o amor que ali brilhavam.
Mas eu sou seu primeiro homem. Não quero que confunda...
Luxúria com amor? —Demi completou seu raciocínio, meneando a cabeça quando disse: — Tenho 24 anos, Nick... não 16. Eu podia ter me libertado da minha prisão de medo que David me impôs longo tempo atrás, se realmente quisesse. Mas não quis. Não até que conheci você. Naquela primeira vez que nos encontramos, no saguão do hotel, no minuto que me tocou, sabia que algo dentro de mim havia mudado.
Foi a mesma coisa comigo — Nick admitiu. Ele pegou-lhe a mão e entrelaçou os dedos de ambos. — Embora, no início, eu não tenha reconhecido o que sentia por você como amor. Se tivesse reconhecido, não teria sido...
Meu professor sexual e curandeiro? — sugeriu Demi.
Isto é o que eu deveria dizer... mas não tenho certeza se é verdade. No que diz respeito a você, não tenho controle dos meus sentimentos.
Você, certamente, pareceu ser capaz de controlá-los mais cedo.
Não era controle, era desespero. Sabia que se tocasse, não seria capaz de parar. Você era uma aluna boa demais... irresistível, na verdade.
Nick estendeu os braços e Demi aninhou-se, feliz, ao corpo dele.
Um... — ela o encorajou. — O quão irresistível, exatamente?

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